Esse ano no blog quero fazer algo diferente. Na verdade, já começei diferente...estou fazendo esse post no Ipad, pelo BlogPress. Estou adorando...é muito mais prático. Peço desculpas antecipadas se aparecer problemas de configuração.
Outra coisa diferente que quero fazer é investir mais em artigos, seja do mundo da moda, ou do mundo dos negócios. Como muitas sabem, minha formação é em Administração de Empresas e eu acho interessante fazer uma mesclagem desses dois mundos aqui no blog. Que vocês acham?
Pra começar, achei super interessante uma reportagem feita em dezembro pela Revista Época sobre a Chanel. Em uma período de euforia com as fast fashions, o que será que as grandes marcas fazem para se diferenciar e continuar atraindo compradores para seus produtos caríssimos? A resposta: investir na diferenciação.
Como as marcas de fast fashions conseguem baratear seus preços e diminuir seus custos? Fazendo produção em série no Vietnan, China, Camboja e por aí vai...
E a Chanel e Hermès, por exemplo, o que fazem? Estão investindo na mão de obra altamente especializada. Com isso, essas marcas querem mostrar que o produto que você está adquirindo não foi feito de forma massificada mas, seu casaco foi bordado por um artesão especializado que demora de 3 a 5 dias para fazer um único bordado!
É a volta na valorização das corporações de ofício. Lembram delas, pré revolucão industrial? Pois é, esses ateliês que existem há séculos na Europa, estavam ameaçados de fecharem as portas por problemas financeiros e administrativos e, a Chanel, com uma visão de futuro enorme, comprou os 10 ateliês mais exclusivos que estavam prestes a falir. "Ao apostar na alta qualificação da mão de obra, a Chanel mostra que é possível conservar a aura de exclusividade e glamour que ainda persevera nos centros de produção históricos da Europa. “A compra dos ateliês é uma questão de sobrevivência de nosso ofício. Sem eles, muitas técnicas seriam perdidas, e isso seria um dano terrível para a moda”, disse Lagerfeld a ÉPOCA."
Desde 2002, por iniciativa do estilista Karl Lagerfeld, a Chanel vem comprando e juntando esses ateliês numa espécie de holding batizada de Paraffection. Fazem parte dela a Lesage, de bordados; a Desrues, de bijuterias e botões; a Lemarié, de plumas; a Guillet, de flores de tecido; a Michel, de acessórios de cabeça; a Massaro, de sapatos; a Gossens, de joias e ourivesaria; a Montex, de bordados em crochê; e a Causse, de luvas.
Eu particularmente aposto que no mundo do alto luxo, só vão sobreviver as empresas que apostarem na diferenciação e exclusividade da sua mão de obra e dos seus insumos. O local, ou o "made in", bem como a forma como foi concebido o produto vai ser o fator estratégico que vai atrair o consumidor desse tipo de produto.
E que tal conhecermos um pouco mais desses ateliês adquiridos pela Chanel? Nossos próximos posts serão sobre eles...aguardem.
Abs,
Lê.
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Location:Negócios, Moda
Um comentário:
Parabéns pela matéria amiga!
Bjs
Flávia.
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